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Mostrando postagens de 2014

Viabilidade de projetos de inovação

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Costumo dizer que a fase de geração de ideias, ou ideação, é uma das partes mais "divertidas" do processo de inovação. Nesta etapa do processo, há liberdade para propor ideias livremente, sem restrição, onde o que vale é a quantidade, e não necessariamente a qualidade/viabilidade das propostas.  Mas como não é possível transformar em um passe de mágica uma ideia em produto ou processo inovador, sem antes seguir por etapas obrigatórias, dentro de um projeto, a questão da viabilidade não pode ser deixada de lado.  Mas primeiramente vamos definir o que é viabilidade. Viabilidade é a percepção que se tem quanto a chance de sucesso de uma ação ou projeto, considerando as condições diante das quais o projeto é executado. Não há como fugir de certa subjetividade, na análise da viabilidade, mesmo se adotados procedimentos metodológicos avançados. No ambiente de inovação, a complexidade é ainda maior pelo elevado grau de incerteza, que é ainda maior nos projetos que implicam em

Resolvendo as dores do cliente

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Inovar por que, e para quem? Ideia ou conceito novo que não atende ao cliente não é inovação. Autor: Enzo Dias Vamos inicialmente apresentar um possível conceito para inovação: Inovação é a solução criativa de problemas, para gerar resultados significativos.  Com base neste conceito, primeiramente se é criado algo, mesmo que radicalmente novo, e não serve para resolver algum problema, pode até ser uma "invenção" mas não é inovação. Por solução criativa entende-se uso de formas não usuais, sem receitas prontas. E quanto aos resultados significativos , é preciso que aquilo que se propõe como inovação tenha abrangência e impacto. E aproveitando o assunto games que está em alta, uma "invenção" que não se sabe até que ponto vai ser aceita pelo mercado a ponto de se consolidar como "inovação", é um aparelho que aceita cartuchos de 10 videogames antigos, aproveitando a onda  retro.  http://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2013/09/vi

A ferramenta MESCRAI

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Direcionando a criatividade Quando se reúne um grupo para usar o potencial criativo para gerar novas soluções, não raro ouve-se aquele "ruído de grilos".  Um bom ponto de partida, principalmente quando o objetivo é gerar novos produtos a partir de um existente é aplicar a ferramenta MESCRAI.  A ideia é direcionar as idéias para vários tipos de alterações, e depois tentar combinar as possibilidades para gerar novos conceitos que proporcionem uma melhor experiência de uso.  Cada letra da sigla MESCRAI é uma possibilidade de alteração do produto: MESCRAI M odificar (aumentar, diminuir, curvar) E liminar (eliminar itens, peça única ao invés de várias) S ubstituir  (materiais, cores, acabamento) C ombinar ( mais de uma função no mesmo produto) R earranjar  ( mudar a posição ou movimento dos itens) A daptar  (adaptar para outros usos, ou para limitações do usuário ou do ambiente) I nverter  (de interno para externo, vertical para horizontal, claro

Inovação, MUITO trabalho e inspiração

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                                                                                              Peter Drucker “A inovação é, acima de tudo, trabalho. A maneira pela qual nos organizamos para trabalhar. Inovação depende de cada empresa. E hoje não há desculpas: qualquer instituição, não importa qual seja a sua função, pode se organizar para tentar ser empreendedora e inovativa”                                                                                                                                                                  Peter Drucker Desta citação de Drucker destaco o questão do trabalho. Inovar demanda muito trabalho! E Drucker toca também no assunto de organização.  Inovar de forma esporádica pode ser um pouco mais fácil. Mas inovar de forma sistemática, com base em um processo de gestão da inovação é muito mais difícil.  O processo de gestão da inovação tem como entradas ideias e, quando é eficaz, tem como saída produtos inovadores. E as ideias não sur

Criatividade não garante sucesso

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Gerar idéias é prazeroso, buscar inovar nem sempre Se você selecionar em qualquer ranking, 100 empresas, verá que mais de 90 delas tem o termo inovação na missão ou valores da organização. A dúvida é se na prática esta inclusão da inovação na formalização da estratégia se traduz em práticas organizacionais. Um dos problemas da inovação é que grande parte das pessoas que expressam o pensar criativo, potenciais agentes da inovação, são motivadas por gerar ideias, mas perdem o entusiasmo quando é necessário fazer a ponte entre ideias e mercado. Uma ideia, para se tornar algo concreto, que possa ser chamado de "inovação", precisa se transformar em um projeto, e passar pelo crivo de várias restrições. Por essa razão é importante buscar manter na organização equipes multidisciplinares, e com pessoas com perfis diferentes. Diante deste tema, nos links abaixo você poderá ler um pouco mais sobre perfis profissionais e a relação com a eficácia do processo de gestão da inova

Inovação Social

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É possível inovar sem pensar em lucro, e no fim gerar impacto positivo no negócio! Se pensamos em uma organização com fins lucrativos, a medida da inovação é o sucesso no mercado. É o que distingue a "invenção" da "inovação". Produtor inovadores, sejam bens ou serviços, são aqueles que apresentam características únicas ou significativamente melhoradas, e que têm estes aspectos reconhecidos pelo mercado.  E se o objetivo não for o lucro? Bom, aí entramos no campo nas Inovações Sociais, que são conceitos  com caráter inovador, com impacto na sociedade.  E qual seriam os impactos deste campo de aplicação da inovação? Pense, se você viveu, ou imagine, se é mais novo, na disseminação de uma prática social antes da internet. A divulgação de um projeto social para atrair a participação de empresários, por exemplo. Ou se conseguia um espaço na mídia ou então se batia de porta em porta em busca de doações. Hoje as redes sociais permitem que se dissemine

Material do futuro, base para inovações

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Conheça o GRAFENO, novo material que promete revolucionar vários negócios Em uma sociedade baseada na eletrônica, da qual dependemos cada vez mais, e diante do fato de que o silício, material base para a produção de circuitos eletrônicos já atingiu seu limite em termos de velocidade e miniaturização, um material baseado no carbono, elementos dos mais abundantes na natureza, abre uma nova fronteira tecnológica a ser explorada.  Em 2002 o grafeno foi isolado pela primeira vez, pelo físico Andre Geim e seus colaboradores, do Departamento de Física da Universidade de Manchester (Inglaterra), ao utilizar uma fita adesiva para formar um fino filme de grafite. De uma forma resumida, aplica-se a fita adesiva em uma superfície com grafite, e forma-se então uma fina camada de pó de grafite no substrato (fita adesiva). Um detalhe interessante, que tem relação com nosso tema inovação, é que tal "procedimento" foi realizado no tempo que o grupo dedicava para experimentos de menor r

Focando na inovação desde a identificação de oportunidades

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Oportunidades desafiadoras, riscos e resultados compatíveis O processo de desenvolvimento de produtos inicia com a identificação de oportunidades, segue com a seleção das oportunidades a ser desenvolvidas, e passa para a  especificação (descrição e justificativa). Se a organização deseja inovar, deve iniciar a focar na inovação desde a fase da identificação de oportunidades, evitando a tendência natural de seguir pelo caminho mais fácil, o aconchegante terreno do "mais do mesmo".  O trabalho Sistemática para Identificação de Oportunidades Inexploradas de Desenvolvimento de Produtos (KAMPA, 2009), trata justamente deste tema, apresentando uma abordagem que busca integrar a Estratégia do Oceano com o Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP).  Fica a sugestão de leitura! Um abraço, Paulo Dias

Hora de repensar a gestão da inovação

Para  começar bem 2014 Todo início de ano, estando em férias ou trabalhando, é comum pensarmos em planejamento. Claro que muitas vezes logo caímos nas ''urgências'' do dia a dia e esquecemos do que é importante.  Aproveitando o momento, que tal discutirmos um pouco a estratégia da inovação?  Baxter propõe 4 tipos de estratégia da inovação: Estrategias ofensivas: adotadas por empresas que querem se manter sempre na liderança, sendo líderes do mercado ou criando novos mercados. Tais empresas tem forte cultura de inovação. O alto custo de desenvolvimento é compensado pelas maiores margens dos produtos inovadores. Estratégias defensivas: adotadas pelas empresas que optam por seguir as empresas líderes, deixando que essas arquem com os custos e riscos de desenvolvimento de novos produtos. Focam na melhoria de produtos já existentes, devendo contudo se preocupar com patentes existentes. Estratégias tradicionais: adotadas por empresas que atuam em mercados