Não tenha pressa!

Desacelerar e desapegar para inovar.

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Competição cada vez maior; barreiras de entrada sendo demolidas por novas formas de financiamento de empreendimentos, como no caso do crowdsourcing; clientes que perdem o interesse em tudo que não é novidade ... realmente, não está nada fácil se manter a frente no mercado sedento por inovação.

Diante deste cenário, dizer para desacelerar, para não ter pressa soa como uma heresia!

Tudo parece urgente, não se pode perder tempo, e não há espaço para erros, certo?

Errado!

Para os que acreditam que uma boa forma de manter a empresa viva no campo de batalha é através da inovação, desacelerar, parar para pensar ao invés de agir mecanicamente movido pela pressa em obter resultados pode ser uma boa estratégia. 

A inovação exige um tempo para incubação, para entender as dores do cliente, para identificar lacunas que se traduzem em oportunidades de produtos, melhores processos e modelos de negócios inovadores!

É preciso reservar tempo para o que é importante e não se deixar escravizar por aquilo que parece ser urgente!

O exemplo típico é a startup de TI que lança um ou mais produtos inovadores, que chamam a atenção no mercado e permitem que a empresa "roube" algumas fatias do mercado. Com o crescimento da carteira de clientes, vem junto uma série de demandas de solução de problemas e melhorias incrementais. Isso é bom, gerar evolução, mas em um nível insuficiente para se manter competitivo. É preciso atender o que é urgente, sem deixar de focar as energias no que é importante!

É preciso que existam pessoas na empresa com tempo e liberdade para manter o processo de inovação fluindo. E diante desta necessidade, desacelerar para poder trabalhar na fase de ideação, e desapegar dos conceitos existentes, mesmo recentes, é fundamental. 

E quanto ao erros ... que falamos no início do texto, são a melhor forma de aprendizado. Principalmente quando se erra nas fases iniciais do desenvolvimento da oportunidade de inovação. A melhor estratégia é errar cedo, para perder menos! Para isso, prototipar ... e muito ... é a dica. 

Os protótipos devem ser gerados a partir das primeiras definições da oportunidade de inovação (produto, processo).  E não se preocupe com a qualidade de apresentação dos protótipos. Um desenho simples, uma montagem com os materiais que estão a mão, ou uma dramatização descontraída no caso de serviços, já são suficientes para o cliente ou pessoas que conhecem o cliente entenderem e criticarem a proposta de inovação. 

Lembre-se da parábola da tartaruga e do coelho ...  nem sempre quem age com pressa chega no objetivo em primeiro lugar. 

Um abraço a todos e uma excelente semana.

Paulo Dias




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