Boas falhas!

Que tal falhar mais em 2018?


Pô que cara estranho, ao invés de desejar um feliz ano novo me vem com esse papo de falhas?

Deixe-me então explicar.

Vamos pensar em falha como tentativa mal sucedida. Algo que se tentou e não deu certo. Se você falhar rápido, logo no início, e voltar para a "prancheta" para corrigir o que não deu certo você terá algo melhor que a proposta inicial, e com insigths obtidos de exposição de algo tangível. Então você mostra novamente para as pessoas, registra tudo o que disseram que não está muito legal (o que falhou) e redesenha.

   Define - Avalia - Falha - Aprendizado - Melhoria ...

      Define - Avalia - Falha - Aprendizado - Melhoria ...

Incluir a etapa falha como etapa parece estranho, não? Eu pelo menos acho. Mas vejo duas implicações positivas:
- Todos passam a ver a falha como algo inerente ao processo.
- Ao se expor a ideia-conceito-protótipo para as pessoas fica claro que o foco da avaliação é o registro de falhas, sendo falha qualquer coisa que tire o sorriso do rosto das pessoas (cliente, usuário).

Para quem gosta de siglas pode chamar de DAFAM. E quando a funcionalidade ou a totalidade não tiver mais falhas (ao menos não seja possível identificar) basta pular o passo.

Então que tal uma retrospetiva de 2017, mas não foque nas suas vitórias, nos projetos que resultaram em sucesso, busque relembrar as falhas, das pequenas até aquelas que trouxeram transtorno na sua vida profissional, que é nosso foco aqui.

Então, se você não consegue se recordar de nada que realizou ou de ação na qual participou que falhou, exigindo voltar etapas atrás para incorporar o aprendizado com as falhas, bem então temos duas opções.

Ou você foi muito eficiente, e acertou sempre de primeira, ou então você só fez no máximo "mais do mesmo", não criou nada diferente, não correu nenhum risco. E se esta segunda opção é o seu caso, sem problema nenhum, desde que aqueles para quem você trabalha, seus clientes, seus usuários, também esteja plenamente satisfeitos com a situação atual - mas neste caso a notícia ruim é que as pessoas estão cada vez mais exigentes e ansiosas por novidades!

E não estamos aqui promovendo uma cultura da aceitação da falha, de forma semelhante ao incentivo à gambiarra na abertura das Olimpíadas do Rio. O que se sugere é apresentar a proposta de inovação logo no início da formulação das ideias, usando o conceito de MVP, adotando um processo de interativo e iterativo com base na prototipagem rápida e barata. A proposta é falhar rápido para não falhar na oferta do bem ou serviço ao cliente.

E então, que tal falhar mais em 2018 na tentativa de realmente inovar?

Quer saber mais?

Texto interessante do InnovationManagement SE:
http://www.innovationmanagement.se/2016/03/21/how-to-turn-a-failure-into-a-wild-success/

Um vídeo curtinho e legal sobre falhar rápido (fail faster), voltado para o design de games mas que vale para qualquer situação:
https://www.youtube.com/watch?v=rDjrOaoHz9s

Uma palestra TED sobre Fast Failure, onde o palestrante inicia dizendo que é um "especialista em falhas":
https://www.youtube.com/watch?v=xSj4z-VLVOk&t=490s

Um abraço,

Paulo Manoel Dias
engpaulodias@yahoo.com.br






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